Conversa tomando chimarrão como se fosse gente grande. Fala de seus projetos com comprometimento de profissional. Sonha como uma criança e realiza esses sonhos como poucos. Ator desde os seis anos, ele conhece um mundo da TV e do cinema que o mostrou que atuar pode ser pouco.
— Eu acho muito mais complicado escrever, fazer com que todos façam o que está na cabeça do roteirista. Eu adoro coisas complicadas — diz, com naturalidade de quem não teme trabalhar e encara os sets não como uma diversão.
Um Dia Daqueles foi imaginado na fila de um caixa eletrônico enquanto ele sacava dinheiro com a mãe, Rose Pereira, em Canoas. Da imaginação infantil dos problemas que poderiam surgir, da sequencia de “ses”, ele criou seu primeiro roteiro e ganhou apoio do diretor José Rodolfo Masiero e do produtor Arthur De Franceschi para tirá-lo do papel. Dois anos depois, Caio chega a Gramado assinando como um dos diretores mais novos a estrearem no festival.
— Ainda não acredito que meu filme foi selecionado para cá, parece que não é real — diz.
Apaixonado por ler ficção, admirador de Jorge Furtado, Tarantino, Selton Melo e José Rodolfo Masiero,
Caio escreve sobre seu cotidiano com algumas pitadas de comédia. Se mostra entendedor da sétima arte e arrisca definir o cinema de Furtado com três elementos: um guri com menos de 18 anos, Lázaro Ramos e uma mulher gostosa. E nos seus filmes, o que não pode faltar?
— Humor, pessoas que gosto e... uma mulher gostosa — responde prontamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário