quarta-feira, 16 de março de 2011

Ale Amorin começou a montar nesta terça-feira (15), na galeria do Ordovás, a exposição Sculptura.

A abertura, marcada para as 19h30 da quinta-feira (17), também lança o livro que dá nome à exposição, aprovado pelo Financiarte 2010.


Tatuador há 19 anos, Ale fez as primeiras esculturas em 2007 e ainda se considera um aprendiz. No entanto, a qualidade das obras revela habilidades apuradas do artista das agulhas com a cerâmica. Na escultura, Ale conseguiu concretizar a tridimensionalidade que busca nas suas tatuagens. E o fez com a precisão de quem trabalha com pinturas eternas. Crânios, rostos e corpos desfigurados pela corrosão – que ganha plasticidade pelo talento do artista com a textura e a iluminação do 3D – mostram o conhecimento de anatomia. São figuras irreais esculpidas com extremo realismo.

Esteticamente, o aspecto sinistro da série Sculptura se aproximaria do que se chama de dark art. Isso, se a obra de Ale aceitasse rótulos tão simples. As esculturas impressionam pela complexidade tridimensional. Em cada peça, lições de uma anatomia inventada e realizada com a precisão da engenharia. As imagens chocam pela força da expressão e pela delicadeza das estruturas.

O livro Sculptura, em português e inglês, tem 11 obras da exposição (no total são 21), fotografadas em cenários que ressaltam a alma de cada ser criado por Ale. Sim, eles têm alma. Das caveiras que eu já vi, estas me parecem as mais vivas.



Fonte O Caxiense

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